quarta-feira, janeiro 18, 2006

Antídoto

Não me fales desta vida...
fala - me antes do feitiço do teu olhar...
e da sedução das palavras que teimas em utilizar.
A vida...
Essa
Pode esperar.
taken by Piranha @ a caminho de Amesterdão
"De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada
De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado
De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido
De que fontes, de que águas
De que chão, de que horizonte
De que neves, de que fráguas
De que sedes, de que montes
De que norte, de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu, feiticeira
Inundar-me de vida."
Luis Represas, Feiticeira
Enfeitiça - me

4 Comments:

Blogger mixtu said...

muito bonito, com cheiro a jasmim...
ai, ai

1/18/2006 11:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Da se
du
ção.

Das palavras-feitiço
leva apenas um olhar.

A
penas.

Não me fales
em utilizar,
esperar,
virar a esquina
e deixar
que uma cigana me leia a sina.

Não há antídoto para a vida.

1/19/2006 1:02 da manhã  
Blogger damadespadas said...

Mixtu:
Obrigado pelo teu comment com cheiro a jasmim. Gostei do trocadilho.
*

Pi caço:
Realmente um antídoto para a vida não existe, mas um olhar pode encher - nos dela por momentos...um olhar de desejo.

1/19/2006 2:46 da manhã  
Blogger stephe said...

Muito bom "post"... porque nos leva a pensar...

1/22/2006 8:22 da tarde  

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