Antídoto
Não me fales desta vida...
fala - me antes do feitiço do teu olhar...
e da sedução das palavras que teimas em utilizar.
A vida...
Essa
Pode esperar.
"De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada
De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado
De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido
De que fontes, de que águas
De que chão, de que horizonte
De que neves, de que fráguas
De que sedes, de que montes
De que norte, de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu, feiticeira
Inundar-me de vida."
Luis Represas, Feiticeira
Enfeitiça - me
4 Comments:
muito bonito, com cheiro a jasmim...
ai, ai
Da se
du
ção.
Das palavras-feitiço
leva apenas um olhar.
A
penas.
Não me fales
em utilizar,
esperar,
virar a esquina
e deixar
que uma cigana me leia a sina.
Não há antídoto para a vida.
Mixtu:
Obrigado pelo teu comment com cheiro a jasmim. Gostei do trocadilho.
*
Pi caço:
Realmente um antídoto para a vida não existe, mas um olhar pode encher - nos dela por momentos...um olhar de desejo.
Muito bom "post"... porque nos leva a pensar...
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