"Esperas - me?"
“agora que embarcados rumamos ao sol nascente
na traineira que outrora sabíamos abandonada
talvez se aproxime de novo a luz que nos separou
porque amor não é apenas o outro lado do ódio
é também uma calha de afectos e reencontros
ainda que no cais onde ancorámos a solidão
tenha ficado para sempre o medo de sermos um
agora que embarcados rumamos ao sol nascente
naufraguemos de novo os corpos num mar de cetim
para que não mais a luz se dispa da sombra
para que não mais os dedos sangrem de espera”
Henrique Manuel Bento Fialho
1 Comments:
fenomenal...o casamento entre texto e imagem...bjs Numenesse
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